Para quem deseja entender o "basicão" do futebol. Seja para um papinho com amigos em uma mesa de bar, para impressionar aquelx crush apaixonadx pelo esporte ou simplesmente para não se achar deslocadx quando surgir esse assunto que você não consegue interagir porque não entende patavinas do que estão falando. Vale tudo. O público-alvo é quem "viaja" quando vê 22 pessoas correndo atrás de uma bola. Aos entendedores,estejam também à vontade.


domingo, 1 de abril de 2012

Desvendando o jogo de futebol: o cartão vermelho.


Cá estou de volta, após um breve jejum, para dar um pouco de vida ao blog.

O assunto de hoje é, de certa forma, a continuidade da postagem passada. Falar de cartão amarelo tem tudo a ver com cartão vermelho. Um pode estar intimamente ligado ao outro e por isso o amarelo precisava ficar claro para que chegássemos ao vermelho, assim como um semáforo.

A relação entre os dois cartões é simples. Se durante uma mesma partida um jogador receber dois cartões amarelos, isso implica automaticamente em expulsão,verdadeiro significado do cartão vermelho. Entretanto, para o cartão vermelho aparecer não há necessidade de estar configurada sempre essa situação. O vermelho pode ser aplicado diretamente, sem passar por amarelo algum, em determinadas situações.

Vimos que o cartão amarelo muitas vezes é direcionado às faltas mais brutas, mais perigosas à integridade física do jogador. Acontece que, em alguns casos, o jogador que comete a falta é tão “sem noção” que merece ser expulso de campo direto. O melhor e mais conhecido exemplo disso é o carrinho por trás. Nessa jogada, a ideia original seria atingir a bola. O problema é que muitas vezes essa intenção fica só nessa lógica, pois o jogador acaba atingindo as pernas do adversário, derrubando-o bruscamente. É considerado no futebol um ato de muita indisciplina, pois além da grande possibilidade de machucar seriamente um jogador, o carrinho por trás, por vir por trás, como o nome já diz, chega sem o jogador que vai receber essa falta nem tomar consciência de que será atingido.

A expulsão do jogador que é penalizado com o cartão vermelho normalmente é válida para o jogo que está ocorrendo e para a partida seguinte, ou seja, uma vez expulso, o jogador não pode atuar nem na partida em que foi expulso, devendo sair imediatamente do campo, nem na partida seguinte do mesmo campeonato. Vale comentar também que, quando um jogador é expulso, além dele não pode retornar ao jogo, ele não pode ser substituído por outro jogador, devendo a equipe seguir na partida com um jogador a menos.

Abraços alvinegros.

Glossário curto e grosso:  
- carrinho por trás: um bom exemplo

sábado, 3 de março de 2012

Desvendando o jogo de futebol: o cartão amarelo


Durante um jogo de futebol você possivelmente já notou que, em um momento ou outro, o juiz aparece levantando um cartão amarelo ou vermelho para um determinado jogador. Geralmente essa ação do juiz provoca manifestações um pouco “empolgadas” por parte de quem está assistindo ao jogo. Se o cartão é para um jogador do time adversário, é motivo de comemorar. Se é para o jogador do seu time, além de, na grande maioria dos casos, o torcedor achar que foi injusto, ele fica “chateado” e solta “aquele” palavrão.

Os cartões, seja o amarelo ou o vermelho, são mostrados ao jogador por uma conduta que não venha a condizer com as regras do futebol e com um bom comportamento em campo. Entre os dois cartões, o amarelo é o mais brando. Na maioria das vezes ele aparece quando o jogador faz uma falta mais dura, ou seja, ao invés de ir na bola, acerta a perna ou qualquer outra parte do corpo do jogador com “muita vontade”.

Mais um motivo para um jogador levar um amarelo  é após o mesmo já ter feito uma série de pequenas faltas no decorrer do jogo. Nesse caso, entende-se que mesmo que essas outras faltas não tenham sido muito duras, foram muitas e por isso o jogador deve ser advertido.

Outra hipótese válida para um cartão amarelo sair do bolso do juiz é a famosa fita. Quando falamos que o jogador “fez fita”,ou ele fingiu sofrer uma falta ou simulou uma dor forte. Nessas duas posturas de “fita”, a intenção é quase sempre tirar proveito de uma situação, ludibriando o juiz, ou interromper a partida caso convenha. O problema é que muitos jogadores não fizeram curso de teatro e não possuem o dom da dramatização (apesar de alguns, especialmente os argentinos, serem muito bons nisso). E aí fica óbvio o fingimento. A tentativa de tirar vantagem se transforma então em cartão amarelo.

Para finalizar é importante sinalizar que o goleiro, bem como qualquer outro jogador, não está isento de receber cartão amarelo. Além dos exemplos mencionados acima, o goleiro pode ainda ser advertido por demorar muito a cobrar o tiro de meta. Na maioria das vezes o goleiro se utiliza desse artifício para ganhar tempo e segurar um placar que esteja favorável para seu time naquele momento. O que ocorre é que ele tem, em regra, seis segundos para cobrar o tiro de meta. Só que às vezes esses seis segundos viram bem mais.

Abraços alvinegros.


Glossário curto e grosso:

- Ir na bola: tentar roubar a bola, tentar acertar a bola.
- Levar um amarelo: receber, ganhar, ser advertido com o cartão amarelo.
- Tiro de meta: ocorre quando a bola sai pela linha de fundo (linha que está no chão atrás do gol) e o último jogador a ter tocado na bola é do time adversário. Neste caso o goleiro coloca a bola dentro da área e bate o chamado tiro de meta. A palavra "tiro" traz a idéia de chute ou lançamento.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Extra - campo

Amanhã, às 16h da tarde, muitos olhos estarão voltados para a final da Taça Rio, primeira etapa do Campeonato Carioca, que se dará entre Fluminense e Vasco.  Por isso, inevitavelmente e de alguma forma, essa partida irá parar na sua frente, já que é costume dos cariocas reunirem-se com amigos para assistir futebol e é hábito de quase todo brasileiro comentar bastante antes , durante e após um jogo decisivo e que traz rivalidade entre dois grandes  do Rio de Janeiro.

Pois então.  Este jogo é um bom momento para começar a testar suas habilidades com relação ao que já foi conversado por aqui, principalmente para analisar o campo de futebol  e sua utilização durante o jogo.  Mas, além disso, existem noções “extra-campo” que são muito convenientes de saber para formarmos opinião sobre futebol.

É claro que se você torce para o Fluminense ou para o Vasco, é indiscutível para qual dos dois você vai torcer amanhã.  Para os que não torcem há duas opções: seguir uma possível simpatia por um dos dois clubes ou analisar quem merece mais ganhar seguindo variados critérios.

Sobre a primeira opção, não há muito o que ser comentado. É coisa pessoal. Já sobre observar o merecimento de um ou outro de levar o campeonato, podemos apontar alguns elementos que podem  ajudar a compor uma análise pessoal.

É importante pensar que um time de futebol é sobretudo uma equipe. Talvez por isso a gente deva considerar que uma equipe em harmonia (toda ela) faz por merecer vitórias e até um campeonato. É bonito ver jogar uma equipe coesa, que apesar de ter suas estrelas, joga mais pelo time do que pelas suas individualidades. 

Além disso, a campanha do time também deve ser levada em consideração. No caso do jogo de amanhã o Fluminense, por exemplo, mesmo com um time com grandes jogadores (leia-se: uma altíssima cifra na folha de pagamento) e um renomado técnico conseguiu empates com equipes bem mais fracas no papel e até amargou uma derrota contra o Boavista na segunda rodada da Taça Rio. Lamentável. Já o Vasco, pegou um bom embalo desde o ano passado e iniciou o ano com consistentes apresentações em campo (Acho que por aí já deu pra ver para qual lado estou tendendo, né?).

O futebol é muito movido por paixões e isso torna muito difícil pensarmos friamente sobre um ou outro jogo. Totalmente neutros, nunca seremos. Mas é indiscutível que quando se busca entender de futebol e falar sobre futebol, há de se pensar sobre outros aspectos que vão muito além do jogo em si . Fica a dica: o futebol vai muito além de 22 homens de cada lado correndo atrás de uma bola.

Abraços Alvinegros.


Glossário curto e grosso:
- Extra campo: acontecimentos ou informações não inerentes ao jogo em si mas que estabelecem uma relação quase que direta com uma determinada partida ou com o futebol.
- Boavista: Boavista Sport Club, clube de futebol da cidade de Saquarema (Rio de Janeiro) fundado em 10 de março de 2004.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

O famigerado impedimento

Talvez a maior vítima do preconceito dos que pouco conhecem sobre o futebol seja a regra do impedimento. Por não conseguirem compreendê-la, muitos acabam deixando a coitada de lado e recusam-se a buscar entendê-la. Mas é hora de acabar com isso.  É de grande importância saber sobre essa regra justamente pois ela pode implicar na anulação de uma jogada decisiva ou de um gol e afetar diretamente o resultado de uma partida. Além disso, a regra do impedimento não tem nada de difícil, ainda mais para quem tem acompanhado o “marina chuteira” e já tem uma boa noção sobre os espaços do campo de futebol.

Um impedimento é marcado no momento de ataque do jogo. Quando um jogador do time A encontra-se mais próximo da linha de fundo adversária (time B) do que o penúltimo oponente (também do time B) é marcado o impedimento, ou seja, a jogada é impedida de prosseguir por determinação do  juiz.

Mas atenção: geralmente o último jogador do time B localizado antes da linha de fundo é o goleiro já que sua área de atuação é principalmente a pequena área. No entanto, a regra diz que é necessário que dois jogadores estejam à frente do jogador do time A no momento em que é dado o passe para ele. Frise-se: qualquer jogador!  Só que como o goleiro do time B normalmente está lá como o último antes da linha, preocupa-se em analisar o posicionamento de somente um dos jogadores adversários, o último homem do time B,que na verdade é o penúltimo. Caso o goleiro tenha enlouquecido e saído para beber uma aguinha, analisa-se a posição dos dois últimos jogadores adversários em relação ao jogador A e a linha de fundo.

Vale a pena comentar que essa distância com relação à proximidade com a linha de fundo é muito difícil de ser medida em alguns casos. Às vezes o jogador está só ligeiramente à frente de seu adversário. Mas mesmo assim o impedimento é marcado, já que qualquer parte do seu corpo, tronco, cabeça ou pés (exceto as mãos) é considerada na hora da marcação.

Mas como conseguir ver se o jogador está impedido ou não?

O momento em que o impedimento deve ser analisado é quando é dado um passe para esse jogador A. Não é quando ele recebe a bola mas sim o momento em que seu parceiro de equipe passa a bola para ele ou a lança. Então, para conseguir ter a noção se o jogador está impedido ou não,deve-se ter uma visão mais panorâmica da jogada,olhando ao mesmo tempo para o efetivo lançamento da bola ou realização do passe e para a posição do jogador que a está recebendo. Tudo ao mesmo tempo.

Tudo isso torna essa regra alvo de milhares de polêmicas envolvendo impedimentos não marcados e impedimentos marcados indevidamente. Para isso existem os bandeirinhas, aqueles caras ou moças que você vê correndo pelas linhas laterais do campo durante toda a partida com uma bandeirinha na mão (daí o nome). Além de auxiliar o juiz em outras jogadas, eles tem a incumbência de sinalizar para o juiz sobre posições irregulares (de impedimento). Tanto é que se você notar, eles geralmente acompanham o penúltimo jogador adversário (último homem) tão falado nessa postagem.

Existe muito mais a ser falado e debatido sobre esse assunto, mas para começar é só. Ninguém tem paciência de ler uma postagem tão grande e essa já deu, né?

Abraços alvinegros.


Glossário curto e grosso:
- ataque: caminho realizado por um time em direção ao campo adversário para fazer um gol.
- último homem: o último jogador adversário sem ser o goleiro em relação à linha de fundo.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Clássico popular

Neste fim de semana alguns clássicos estão agitando os ânimos futebolísticos nos campeonatos estaduais pelo Brasil. Ontem o Atlético Goianiense derrotou o Vila Nova por 1 a 0 no clássico do Campeonato Goiano. Hoje, Figueirense e Avaí pelo Campeonato Catarinense, Bahia e Vitória pelo Campeonato Baiano, Fluminense e Vasco pelo Cariocão e Corinthians e São Paulo pelo Campeonato Paulista são os principais clássicos do domingo.

No Brasil, um jogo é considerado um clássico quando duas equipes de um mesmo estado se enfrentam. Mas não basta somente isso. Normalmente essas  equipes fazem parte de clubes de grande tradição, torcida, com retrospecto de muitos títulos e nas quais importantes e notáveis jogadores fizeram e construíram suas carreiras no passado ou  jogam no presente. Resumindo, um clássico envolve times conhecidos como “os grandes”, ou seja, equipes provenientes de clubes de notabilidade no cenário do futebol, reconhecidas em seus respectivos estados e bastante comentados pela imprensa.

Apesar de na teoria os clássicos envolverem jogos de equipes sob perspectiva estadual, fala-se também em clássicos nacionais. Isso tem muito a ver também com a expectativa que pode ser gerada nos meios de comunicação ou nos debates entre torcedores com relação a uma determinada partida.  Um bom exemplo disso  ocorreu em julho do ano passado entre Santos e Flamengo. O jogo ganhou amplitude nacional pois envolvia um confronto entre o tão falado craque Neymar e o mais do que conhecido Ronaldinho Gaúcho. Todos queriam ver esses dois grandes jogadores se enfrentando, o que acabou atraindo fortes atenções para um jogo que, de fato, marcou o Campeonato Brasileiro do ano passado terminando em 5 a 4 para o time carioca.

O glossário dessa postagem traz uma listagem sugestiva de alguns dos principais times de alguns estados brasileiros. Vale lembrar que existe muita discussão sobre a presença de alguns times no rol dos chamados “grandes” já que estamos falando de um conceito que não tem uma definição muito concreta.

Abraços alvinegros.


Glossário curto e grosso:
- Rio de Janeiro: Botafogo, Flamengo, Vasco e Fluminense.
- São Paulo: Corinthians, São Paulo, Santos e Palmeiras.
- Rio Grande do Sul: Internacional, Grêmio e Juventude.
- Santa Catarina: Avaí, Figueirense
- Paraná: Atlético Paranaense, Paraná e Coritiba
- Goiás: Goiás, Atlético Goianiense, Vila Nova.
- Bahia: Bahia e Vitória.
- Pernambuco: Sport, Náutico e Santa Cruz.
- Ceará: Ceará e Fortaleza.
- Minas Gerais: Atlético Mineiro e Cruzeiro.
- Distrito Federal: Brasiliense e Gama.