Para quem deseja entender o "basicão" do futebol. Seja para um papinho com amigos em uma mesa de bar, para impressionar aquelx crush apaixonadx pelo esporte ou simplesmente para não se achar deslocadx quando surgir esse assunto que você não consegue interagir porque não entende patavinas do que estão falando. Vale tudo. O público-alvo é quem "viaja" quando vê 22 pessoas correndo atrás de uma bola. Aos entendedores,estejam também à vontade.


sábado, 25 de fevereiro de 2012

Extra - campo

Amanhã, às 16h da tarde, muitos olhos estarão voltados para a final da Taça Rio, primeira etapa do Campeonato Carioca, que se dará entre Fluminense e Vasco.  Por isso, inevitavelmente e de alguma forma, essa partida irá parar na sua frente, já que é costume dos cariocas reunirem-se com amigos para assistir futebol e é hábito de quase todo brasileiro comentar bastante antes , durante e após um jogo decisivo e que traz rivalidade entre dois grandes  do Rio de Janeiro.

Pois então.  Este jogo é um bom momento para começar a testar suas habilidades com relação ao que já foi conversado por aqui, principalmente para analisar o campo de futebol  e sua utilização durante o jogo.  Mas, além disso, existem noções “extra-campo” que são muito convenientes de saber para formarmos opinião sobre futebol.

É claro que se você torce para o Fluminense ou para o Vasco, é indiscutível para qual dos dois você vai torcer amanhã.  Para os que não torcem há duas opções: seguir uma possível simpatia por um dos dois clubes ou analisar quem merece mais ganhar seguindo variados critérios.

Sobre a primeira opção, não há muito o que ser comentado. É coisa pessoal. Já sobre observar o merecimento de um ou outro de levar o campeonato, podemos apontar alguns elementos que podem  ajudar a compor uma análise pessoal.

É importante pensar que um time de futebol é sobretudo uma equipe. Talvez por isso a gente deva considerar que uma equipe em harmonia (toda ela) faz por merecer vitórias e até um campeonato. É bonito ver jogar uma equipe coesa, que apesar de ter suas estrelas, joga mais pelo time do que pelas suas individualidades. 

Além disso, a campanha do time também deve ser levada em consideração. No caso do jogo de amanhã o Fluminense, por exemplo, mesmo com um time com grandes jogadores (leia-se: uma altíssima cifra na folha de pagamento) e um renomado técnico conseguiu empates com equipes bem mais fracas no papel e até amargou uma derrota contra o Boavista na segunda rodada da Taça Rio. Lamentável. Já o Vasco, pegou um bom embalo desde o ano passado e iniciou o ano com consistentes apresentações em campo (Acho que por aí já deu pra ver para qual lado estou tendendo, né?).

O futebol é muito movido por paixões e isso torna muito difícil pensarmos friamente sobre um ou outro jogo. Totalmente neutros, nunca seremos. Mas é indiscutível que quando se busca entender de futebol e falar sobre futebol, há de se pensar sobre outros aspectos que vão muito além do jogo em si . Fica a dica: o futebol vai muito além de 22 homens de cada lado correndo atrás de uma bola.

Abraços Alvinegros.


Glossário curto e grosso:
- Extra campo: acontecimentos ou informações não inerentes ao jogo em si mas que estabelecem uma relação quase que direta com uma determinada partida ou com o futebol.
- Boavista: Boavista Sport Club, clube de futebol da cidade de Saquarema (Rio de Janeiro) fundado em 10 de março de 2004.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

O famigerado impedimento

Talvez a maior vítima do preconceito dos que pouco conhecem sobre o futebol seja a regra do impedimento. Por não conseguirem compreendê-la, muitos acabam deixando a coitada de lado e recusam-se a buscar entendê-la. Mas é hora de acabar com isso.  É de grande importância saber sobre essa regra justamente pois ela pode implicar na anulação de uma jogada decisiva ou de um gol e afetar diretamente o resultado de uma partida. Além disso, a regra do impedimento não tem nada de difícil, ainda mais para quem tem acompanhado o “marina chuteira” e já tem uma boa noção sobre os espaços do campo de futebol.

Um impedimento é marcado no momento de ataque do jogo. Quando um jogador do time A encontra-se mais próximo da linha de fundo adversária (time B) do que o penúltimo oponente (também do time B) é marcado o impedimento, ou seja, a jogada é impedida de prosseguir por determinação do  juiz.

Mas atenção: geralmente o último jogador do time B localizado antes da linha de fundo é o goleiro já que sua área de atuação é principalmente a pequena área. No entanto, a regra diz que é necessário que dois jogadores estejam à frente do jogador do time A no momento em que é dado o passe para ele. Frise-se: qualquer jogador!  Só que como o goleiro do time B normalmente está lá como o último antes da linha, preocupa-se em analisar o posicionamento de somente um dos jogadores adversários, o último homem do time B,que na verdade é o penúltimo. Caso o goleiro tenha enlouquecido e saído para beber uma aguinha, analisa-se a posição dos dois últimos jogadores adversários em relação ao jogador A e a linha de fundo.

Vale a pena comentar que essa distância com relação à proximidade com a linha de fundo é muito difícil de ser medida em alguns casos. Às vezes o jogador está só ligeiramente à frente de seu adversário. Mas mesmo assim o impedimento é marcado, já que qualquer parte do seu corpo, tronco, cabeça ou pés (exceto as mãos) é considerada na hora da marcação.

Mas como conseguir ver se o jogador está impedido ou não?

O momento em que o impedimento deve ser analisado é quando é dado um passe para esse jogador A. Não é quando ele recebe a bola mas sim o momento em que seu parceiro de equipe passa a bola para ele ou a lança. Então, para conseguir ter a noção se o jogador está impedido ou não,deve-se ter uma visão mais panorâmica da jogada,olhando ao mesmo tempo para o efetivo lançamento da bola ou realização do passe e para a posição do jogador que a está recebendo. Tudo ao mesmo tempo.

Tudo isso torna essa regra alvo de milhares de polêmicas envolvendo impedimentos não marcados e impedimentos marcados indevidamente. Para isso existem os bandeirinhas, aqueles caras ou moças que você vê correndo pelas linhas laterais do campo durante toda a partida com uma bandeirinha na mão (daí o nome). Além de auxiliar o juiz em outras jogadas, eles tem a incumbência de sinalizar para o juiz sobre posições irregulares (de impedimento). Tanto é que se você notar, eles geralmente acompanham o penúltimo jogador adversário (último homem) tão falado nessa postagem.

Existe muito mais a ser falado e debatido sobre esse assunto, mas para começar é só. Ninguém tem paciência de ler uma postagem tão grande e essa já deu, né?

Abraços alvinegros.


Glossário curto e grosso:
- ataque: caminho realizado por um time em direção ao campo adversário para fazer um gol.
- último homem: o último jogador adversário sem ser o goleiro em relação à linha de fundo.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Clássico popular

Neste fim de semana alguns clássicos estão agitando os ânimos futebolísticos nos campeonatos estaduais pelo Brasil. Ontem o Atlético Goianiense derrotou o Vila Nova por 1 a 0 no clássico do Campeonato Goiano. Hoje, Figueirense e Avaí pelo Campeonato Catarinense, Bahia e Vitória pelo Campeonato Baiano, Fluminense e Vasco pelo Cariocão e Corinthians e São Paulo pelo Campeonato Paulista são os principais clássicos do domingo.

No Brasil, um jogo é considerado um clássico quando duas equipes de um mesmo estado se enfrentam. Mas não basta somente isso. Normalmente essas  equipes fazem parte de clubes de grande tradição, torcida, com retrospecto de muitos títulos e nas quais importantes e notáveis jogadores fizeram e construíram suas carreiras no passado ou  jogam no presente. Resumindo, um clássico envolve times conhecidos como “os grandes”, ou seja, equipes provenientes de clubes de notabilidade no cenário do futebol, reconhecidas em seus respectivos estados e bastante comentados pela imprensa.

Apesar de na teoria os clássicos envolverem jogos de equipes sob perspectiva estadual, fala-se também em clássicos nacionais. Isso tem muito a ver também com a expectativa que pode ser gerada nos meios de comunicação ou nos debates entre torcedores com relação a uma determinada partida.  Um bom exemplo disso  ocorreu em julho do ano passado entre Santos e Flamengo. O jogo ganhou amplitude nacional pois envolvia um confronto entre o tão falado craque Neymar e o mais do que conhecido Ronaldinho Gaúcho. Todos queriam ver esses dois grandes jogadores se enfrentando, o que acabou atraindo fortes atenções para um jogo que, de fato, marcou o Campeonato Brasileiro do ano passado terminando em 5 a 4 para o time carioca.

O glossário dessa postagem traz uma listagem sugestiva de alguns dos principais times de alguns estados brasileiros. Vale lembrar que existe muita discussão sobre a presença de alguns times no rol dos chamados “grandes” já que estamos falando de um conceito que não tem uma definição muito concreta.

Abraços alvinegros.


Glossário curto e grosso:
- Rio de Janeiro: Botafogo, Flamengo, Vasco e Fluminense.
- São Paulo: Corinthians, São Paulo, Santos e Palmeiras.
- Rio Grande do Sul: Internacional, Grêmio e Juventude.
- Santa Catarina: Avaí, Figueirense
- Paraná: Atlético Paranaense, Paraná e Coritiba
- Goiás: Goiás, Atlético Goianiense, Vila Nova.
- Bahia: Bahia e Vitória.
- Pernambuco: Sport, Náutico e Santa Cruz.
- Ceará: Ceará e Fortaleza.
- Minas Gerais: Atlético Mineiro e Cruzeiro.
- Distrito Federal: Brasiliense e Gama.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Desvendando o jogo de futebol: o campo (parte 2)

Como prometido, a continuação das explicações sobre as linhas, marcas e áreas que marcam o campo de futebol.

Gol: É o grande objetivo de um jogo de futebol, podendo também ser chamado de meta (daí vem o termo “tiro de meta”).  Sua estrutura física é composta por duas traves que marcam as laterais do gol, uma barra superior chamada de travessão e a rede, é claro. Uma boa observação sobre o gol seria mencionar que muitas vezes as traves são chamadas  informalmente de 1º pau e 2º pau (bom para entender o linguajar de alguém que pode estar do seu lado comentando o jogo). Para saber qual é qual, é só ver de onde a bola está vindo. Caso venha de um cruzamento ou escanteio pelo lado direito, o 1º pau é a trave da direita e o 2º pau, a da esquerda. Se a bola vier da esquerda, é só inverter o raciocínio.

Grande área: Delimita o principal espaço de atuação do goleiro. Em toda essa região ele (e só ele) pode pegar a bola com as mãos.  Além disso, a grande área faz parte, juntamente com a meia-lua desenhada junto à ela, da chamada área do pênalti. Caso o juiz sinalize uma falta dentro da grande área, um jogador tem o direito de dar um chute direto de 11m para o gol, tendo só o goleiro à sua frente (Mas esse também é um assunto para depois). A marca que aponta a distância dos 11 metros é conhecida como marca do pênalti. No momento da cobrança desse jogador, todos os demais devem estar fora da área do pênalti (grande área mais meia-lua).

Pequena área:   Identifica de onde a cobrança do tiro de meta deve ser realizada e sua linha paralela ao gol serve principalmente como ponto de referência para faltas em dois lances (outro assunto para depois).

Por fim, nos quatro cantos do campo estão sinalizados pequenos arcos que unem a linha lateral à linha de fundo. Esses arcos servem para o jogador saber onde ele precisa colocar a bola para cobrar escanteios: em cima do arco.

Abraços alvinegros.

Glossário curto e grosso:
 - Falta dentro da grande área: penalidade máxima do futebol, conhecida como pênalti.
 - Chute de 11m para o gol: cobrança de pênalti.
 - Cobrança: quando o jogador efetua o chute decorrente de um pênalti ou falta.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Desvendando o jogo de futebol: o campo (parte1)


Começa hoje a sessão “Desvendando o jogo de futebol”. Assim, ao aparecerem postagens com esse título, virão com elas alguns esclarecimentos sobre aspectos mais táticos, estratégicos e práticos do futebol.  Afinal de contas, não adianta nada saber um monte de coisas sobre um time, um jogador ou um clube de futebol se você, sempre que assiste a uma partida, faz aquela cara de interrogação acompanhada imediatamente daquele clima de tédio que dura pelo menos os próximos 90 minutos. Mas vamos ao episódio de hoje, que será dividido em duas partes para não cansar e não lotar as mentes leitoras com uma enxurrada de informações.

Um campo de futebol tem formato retangular. A base desse retângulo de gramado é constituída pela chamada linha lateral enquanto sua altura corresponde à linha de fundo. Utilizando a imagem acima como referência (se você não estiver vendo bem,clique aqui vamos à cada uma das linhas e bolinhas pintadas de branco que, juntas, formam o desenho do campo.

Linha lateral: determina os limites laterais do campo. Caso a bola dê uma fugidinha para fora desta linha durante o jogo, um jogador tem que lançá-la, de trás da linha e com as duas mãos, para dentro do campo a fim de que a partida seja retomada.

Linha de fundo: são os limites de profundidade do campo. Para o caso da bola sair por ali há duas possibilidades. Se o jogador que encostou por último na bola antes dela sair for do time A, ela volta para o campo a partir de um lançamento com os pés realizado pelo goleiro do time B (chamado tiro de meta, mas isso é outro assunto). Já se a bola tiver encostado por último no jogador B, ocorre um escanteio (também outro assunto, vamos aos poucos).

Linha do meio: divide o campo em duas partes iguais. Uma é o campo do time B e a outra a do time A. A bolinha desenhada no centro é onde a bola deve estar ao iniciar a partida ou quando um time faz gol, reiniciando a partida dali.

Área central: O círculo central demarca a distância para a bolinha do meio do campo, de onde a bola sai no início ou reinicio da partida. No momento que jogadores do time A saem com a bola, os jogadores do time B devem estar a 9,15m de distância do ponto central do campo. Ou seja, o círculo desenhado serve justamente para que eles saibam se estão ou não distanciados devidamente de acordo com as regras do jogo.

Bem, por enquanto é só.
Abraços alvinegros.

Glossário curto e grosso:
- 90 minutos: duração normal de uma partida de futebol sem os acréscimos que o juiz do jogo pode conceder.